Confinamento Bovino: Como Não Errar?

Confinamento
Veja dicas para não errar no confinamento bovino

Compartilhe este post

O sistema de confinamento bovino, tem como objetivos, a terminação dos animais, promovendo o acabamento e o rendimento de carcaça. O confinamento encurta o tempo de abate desses bois, permitindo um menor tempo do período da terminação. 

 A escolha dos animais

  A escolha dos animais a serem confinados, é de fundamental importância, para haver o maior ganho de peso e melhor eficiência alimentar. Os bois a serem confinados devem ser compridos, de boa estatura (sem exageros), de grande capacidade torácica e digestiva. A escolha da raça depende do mercado ao qual se destina e as condições climáticas de cada lugar.

 Adaptação

   Antes de dar início ao manejo com os animais dentro do confinamento, devemos pensar na adaptação, principalmente, pois esses bois, estavam se alimentando somente de pasto e de um suplemento mineral, e agora passarão a ter 100% dos alimentos fornecidos no cocho, com grandes volumes de ração. São várias as situações que aumentam o risco de estresse e falhas na adaptação, dentre elas, destacam-se:

  • O tamanho dos lotes,
  • A mistura de lotes,
  • A composição da dieta,
  • As condições climáticas e a presença constante de pessoas,
  • Os sons e objetos desconhecidos,
  • Ocorrência de lama ou poeira nos currais de confinamento.

  O ambiente deve prover conforto aos bois, porém, mesmo fornecendo todo o necessário, há animais que não conseguem se adaptar ao confinamento, e acabam tendo que retornar a pastagem. O produtor deve ficar atento a sinais de animais que não estão bem adaptados, ou seja, não estão ganhando peso suficiente, gerando prejuízo ao pecuarista.

Indicadores de falhas na adaptação

Para identificar possíveis falhas no confinamento, o pecuarista deve ter a rotina de estar monitorando com frequência os animais de seu plantel. Alguns sintomas de animais não adaptados, que estão sofrendo algum tipo de estresse são:

Vazio fundo, narinas secas e ausência de ruminação, e aqueles que pulam as cercas, se mantêm isolados do grupo, permanecem muito tempo parados no fundo dos currais, não procuram o cocho e vão pouco ao bebedouro. 

Dito isto, o foco deve ser facilitar a adaptação dos animais, lotes com tamanho adequado, bem uniformes em relação ao tamanho dos animais, sombra disponível também é extremamente interessante. Nos primeiros dias, nutricionalmente falando, pode-se optar por utilizar uma dieta com maior proporção de forragem, isso também ajudará na adaptação, tanto ao nível de sistema digestivo, quanto ao nível comportamental.

Seguindo nessa linha, de evitar estresse para os animais. Evite colocá-los nos currais de confinamento assim que chegam do transporte, se possível, claro, deixe eles acalmarem da viagem, quando essa tiver de acontecer em um caminhão, em um piquete com forragem de boa qualidade, posterior, sim, aloje os animais onde serão confinados. Bom número para se trabalhar, animais transportados em até 6 horas, ficam no piquete de 12-24 horas, aquelas viagens mais longas mantenha os animais de 30-48 horas. 

Formação dos lotes e Espaço Necessário

Os bovinos são animais sociais, e que dentre eles estabelecem hierarquias. Lotes muito grandes podem causar uma demora para se estabelecer a hierarquia entre os animais envolvidos causando briga em excesso entre eles, pensando em números, evitar fazer lotes com mais de 150 animais, dê preferência em lotes de até 100 bovinos.

Quanto ao espaço determinado para os animais, temos o número a ser trabalhado de 24m2 por animal, porém encontramos no país confinamentos que trabalham com 15m2. Necessário avaliar a realidade de cada rebanho.

Conclusão

Escolha dos animais, formação dos lotes, dietas adequadas ao tipo de volumoso e aos bois colocados no confinamento, acompanhamento do confinamento, avaliando o manejo alimentar e a saúde dos animais, é o que garante os melhores resultados e os maiores lucros.

Gostou dessas dicas?

Quer saber mais sobre gado de corte e leite?

Continue nos acompanhando aqui no blog e em nossas redes sociais.

Mais para você