Ajuste de dieta para vacas leiteiras

Ajuste de dieta de vacas leiteiras
Veja dicas de como ajustar a dieta das vacas leiteiras

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A nutrição é o principal custo de produção na criação de vacas de leite e deve ser levada a sério por produtores que queiram explorar o máximo potencial genético e produtivo de seus animais, com viabilidade econômica.

4 dados importantes para se fazer os ajustes na dieta das vacas leiteiras

Os passos para se fazer os ajustes na dieta das vacas leiteiras em primeiro lugar, é conhecer as necessidades da vaca em questão. Para calcular as necessidades diárias de alimentos e nutrientes, necessitamos:

  1. Peso corporal da vaca,
  2. Produção de leite,
  3. Percentual de gordura e proteína do leite,
  4. Quantos dias a vaca está em lactação.

Usando um programa de formulação ou uma planilha de excel, teremos a quantidade de matéria seca (alimento menos a água) que a vaca necessita por dia. Com isso em mãos, avaliamos a dieta atual fornecida pelo produtor para saber se a quantidade de alimento está adequada ou se necessitamos diminuir ou aumentar. Depois fazemos as mesmas avaliações para os nutrientes, carboidrato, proteína, gordura, minerais e vitaminas. Água de qualidade a livre acesso, faz parte da nutrição.

A avaliação do consumo da dieta que oferecemos, deve ser realizado com frequência na fazenda, que é o controle da sobra nos cochos, calcula-se a quantidade que foi fornecida menos o que sobrou para termos o consumo real dos animais e, se por ventura, estiverem comendo menos do que o esperado na formulação da dieta, podemos tentar estimular aumentando número de tratos, oferecendo em horários estratégicos (logo após as ordenhas), realizar o manejo de ¨empurrar¨ a dieta no cocho, que estimula o consumo , principalmente em sistema de confinamento tipo Free stall ou Compost Barn.

Importância da Matéria Seca

Um ponto crucial no ajuste da dieta é a checagem de matéria seca (MS), principalmente do volumoso, visto que o concentrado tende a não variar muito nesse quesito. Se a MS seca real estiver acima do calculado, as vacas tendem a comer menos a dieta.

Não só o consumo deve ser ajustado, muita das vezes a própria formulação deve seguir caminhos diferentes com a realidade de cada produtor, por exemplo o concentrado a ser escolhido, 24 ou 28% de proteína bruta.

A melhor ração é aquela que completa as deficiências do volumoso e outros ingredientes que fazem parte da dieta. Se é um produtor que usa resíduo de cervejaria (cevada) a ração 28 % de proteína não será a mais adequada par atender as exigências dessas vacas, pois iremos extrapolar na proteína. Deixa-se bem claro a importância da energia e da proteína caminharem juntas na dieta.

Pensando numa fonte de energia vindo da silagem de milho, esta se estiver de baixa qualidade, baixo amido ou até mesmo grãos de milho inteiro, não se justifica o uso de uma ração com alto teor proteico, não terá energia suficiente para as bactérias ruminais sintetizarem em proteína microbiana, a não ser que uma silagem de baixa qualidade seja acrescida, por exemplo de fubá, fontes de energia, não se justifica o uso da ração 28%, a 24% atenderia, talvez a 22% dependendo do nível produtivo do rebanho.

São muitos os conceitos a serem abordados, o importante é o produtor não buscar milagres e pensar que sempre a ração mais proteica resolverá todos os problemas, além de estar sempre atento no manejo diário, principalmente de consumo dos animais e o que eles realmente estão comendo.

Gostou de saber mais sobre o ajuste de dietas para vacas leiteiras? Então continue acompanhando nosso blog para saber mais sobre outros fatores importantes da nutrição bovina.

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