No período da seca, a oferta de pasto é menor e esse pasto possui baixa qualidade nutricional. Enquanto na época das águas a Brachiaria Decumbens (conhecida como braquiarinha) pode ter até 9% de proteína bruta na matéria seca, na época das secas essa proteína pode cair a 4% ou menos.
Outra mudança importante é a menor digestibilidade do capim seco, devido ao aumento do FDN (Fibra Detergente Neutra), que é a soma da celulose, hemicelulose e lignina, que formam a parede celular dos vegetais. Quanto maior o FDN da forragem, menor é a digestibilidade (aproveitamento do volumoso). Isso acarreta um enchimento físico no rúmen, durante maior tempo, fazendo com que a vaca de leite ou o boi de engorda comam menos pasto, ingerindo pouco o que já é de baixa qualidade.
Solução para nutrição durante a seca
Uma boa estratégia para melhorar a digestibilidade do capim seco e aumentar o seu consumo (maior quantidade ingerida) é a utilização de um suplemento mineral proteico, onde são fornecidos macro e microelementos minerais misturados com farelos proteicos e ureia. O uso do suplemento mineral proteico quando comparado ao uso somente do sal mineral eleva o ganho de peso entre 30 e 65%, sendo muito recomendado e viável economicamente.
O suplemento mineral proteico fornece a proteína que falta no pasto, além de fornecer os minerais necessários para o bom desempenho animal. Mas, o ponto principal é atender a deficiência proteica que ocorre nesse período. Com o uso, aumenta a população das bactérias benéficas ao rúmen, as denominadas bactérias celulolíticas (bactérias que digerem as fibras). Tais bactérias permitem que a taxa de passagem do alimento aumente, ou seja, permite que a vaca ou o boi consuma mais pasto, mesmo seco, e aproveite mais esse pasto.
Outro fator importante e interessante é que ao aumentar a população de bactérias no rúmen, aumenta-se o fornecimento da denominada Proteína Microbiana, que nada mais são do que as bactérias que morrem e são aproveitadas como proteínas de ótima qualidade para as vacas e para os bois.
Recomendações gerais para o uso de suplementos minerais proteicos
- Os cochos devem ter no mínimo 12 cm linear por animal. Um metro de cocho com acesso dos dois lados, serve para 16 animais;
- Os cochos dos suplementos devem ficar em locais de fácil acesso;
- Ter acesso a água limpa a vontade;
- Manter sempre os cochos abastecidos;
- Fazer adaptação, devido ao suplemento mineral proteico conter ureia. Misturar com o sal atual na proporção de 1 do proteinado para 1 do sal mineral na primeira semana; 2 de proteinado para 1 de sal mineral na segunda semana; na terceira semana, fornecer o proteinado puro (suplemento mineral proteico);
- O proteinado é de pronto uso. Não fazer misturas com outros suplementos/sal branco, etc., sem consultar um nutricionista capacitado;
- Vacas de leite podem consumir proteinados desde que sejam elaborados especialmente para a fase que se encontram. Os proteinados para gado de corte não atendem as necessidades das vacas de leite;
- O pasto tem que ter abundância de macega (pasto seco), pois o uso do proteinado aumenta o consumo do pasto, mesmo seco. Se tiver pouco pasto disponível, o resultado ficará comprometido.
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